Cidades precisam se preparar para eventos extremos

 Cidades precisam se preparar para eventos extremos

As previsões de que eventos climáticos extremos serão cada vez mais frequentes aumentam as probabilidades de desastres urbanos como inundações, deslizamentos de terra, escassez de água potável e mortes acidentais, como vem ocorrendo em todo mundo e recentemente no Rio Grande Sul.

Nenhum lugar está a salvo dos eventos climáticos extremos ligados ao aquecimento global, muito menos as cidades da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba que, normalmente, já enfrentam problemas durante os períodos de chuva e de seca.

Diante deste cenário, estratégias de planejamento urbano que promovam formas e estruturas mais sustentáveis são essenciais para a adaptação aos impactos das mudanças climáticas.

Mapear áreas de risco

O primeiro passo para gestores e governos é mapear as áreas de risco, tais como locais mais propensos a alagamento ou deslizamento de terras. O mapeamento é importante para que obras de adaptação sejam feitas e que os moradores sejam preparados para desocupação emergencial.

A identificação dos locais de risco também permite o planejamento urbano para evitar o adensamento populacional nessas regiões e, quando for o caso, realocar os moradores a partir da reconstrução de bairros em áreas segura.

O segundo passo fundamental é o investimento em obras que aumentem a capacidade de drenagem, um tema pouco lembrado pelos gestores públicos. Proteger e ampliar as áreas verdes são estratégias que também podem aliviar inundações e reduzir o efeito de ilha de calor nas regiões urbanizadas.

As cidades vão precisar modificar completamente o planejamento, especialmente no que diz respeito ao uso do solo, cada dia mais impermeabilizado e se ocorre elevados volumes de chuva, é necessário ter melhores condições de drenagem.

Preparando para as chuvas

Entretanto, esse não é o momento para o planejamento urbano, mas sim se preparar para os impactos das chuvas, torcendo para que elas não venham com volume acima das condições que as cidades possam suportar.

Mas como só reza e torcida não bastam, o melhor a fazer é estar preparado para as mais impactantes chuvas – tomando como base no mínimo as de 2022.

Para tanto as administrações e as populações precisam estar atentas a uma série de ações que devem ser desenvolvidas para, mesmo que não seja anular, pelo menos reduzir os prejuízos e promover a segurança da população.

Ações

É preciso que as administrações públicas juntamente com a Defesa Civil iniciem uma série de procedimentos para efetivar planos de ações e deixar todo sistema de defesa e apoio preparados para o que vier.

É necessário que a população faça sua parte (vide página 5), principalmente no quesito atentar e atender aos alertas das autoridades, seguindo à risca as orientações.

Já a administração, pode e deve, desde o início criar um gabinete de crise – já que estamos tratando com o extremo, tendo a Defesa Civil coordenando os trabalhos.

Esse Gabinete deve envolver todas as secretarias municipais, com destaque para Serviços Urbanos, Saúde, Assistência Social e as forças de segurança da cidade, além de envolver clubes de serviços e ONG´s sociais.

É necessário que essa preparação atente para as questões de disposição de pessoal preparado, equipamentos e materiais diversos.

Em uma situação de alagamento, inundação, enchente, deslizamento, destelhamento de casas, onde seja necessário remover pessoas, serão necessários os seguintes apoios:

Comunicação: Já estabelecido um canal de contato com todos os veículos de comunicação da cidade / região, objetivando fazer a conexão com todas as partes envolvidas no processo, ou seja, Defesa Civil, forças de segurança, população.

– Transporte: barcos, jet-ski, caminhões, veículos leves e pesados, máquinas;

– Equipamentos: (guinchos, motoserras, munk, etc);

– Alojamento: local já predefinido para envio de desalojados, como escolas, quadras, ginásios;

– Suporte: colchões, roupa de cama, agasalho, lona, donativos, alimentos;

– Saúde: materiais de primeiros socorros, medicamentos, vacinas etc.

– Estrutura de limpeza: pessoal, caminhões, pipa, máquinas, etc.

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Dindão Dindão

Dindão

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