Rios secos: Rios Santa Bárbara e Piracicaba vem apresentando grave perda de vazão
Com mais de cinco meses sem uma gota de chuva, somado ao desmatamento e a incêndios constantes, tudo isso aliado ao clima seco e com previsão de calor recorde histórico no Brasil para o mês de setembro, não era de se esperar menos que uma crise hídrica sem precedentes.
Diante da situação, o Departamento de Água e Esgoto de João Monlevade (DAE), vem monitorando as condições de vazão do Rio Santa Bárbara que é responsável por 95% do abastecimento da cidade.
Segundo o diretor do DAE, José Afonso, a situação é crítica e o sinal vermelho está aceso: “Por enquanto, devido aos investimentos realizados nestes últimos 3 anos, estamos ainda conseguindo equilibrar a produção de água com o consumo, mas se o rio continuar baixando na velocidade atual, a situação pode se complicar”, relatou.
Alertas e ações
Apesar da situação, mesmo após o DAE ter realizado inúmeros alertas e orientado a população a fazerem uso consciente da água, muitos ainda continuam varrendo calçadas com água, lavando veículos, abastecendo piscinas, jogando água fora.
Com isso, a cada dia, o risco de desabastecimento aumenta.
Questionado sobre as providencias tomadas para garantir o fornecimento de água a toda a população, o diretor do departamento informou que o prefeito, Dr Laércio Ribeiro, vem acompanhando a situação de perto com muita atenção, fazendo inclusive visitas regulares à estação elevatório no Rio Santa Bárbara, em Pacas: “No momento estamos conseguindo manter a situação sob controle, já que o sistema recebeu investimentos com modernização de inúmeras estruturas, mas chega um momento que não depende do departamento, mas da natureza”.
Sobre outras ações, como por exemplo, uma regulamentação do uso da água objetivando coibir abusos e desperdício, para garantir que todos continuem recebendo o produto em casa, José Afonso disse que já é estudado providências mais restritivas: “Todas as possibilidades no momento se encontram em estudo, já que nossa obrigação e garantir o abastecimento, mas se o produto bruto falta, não temos como tratar para seguir com o fornecimento”, concluiu.
Rio Piracicaba
Não diferente, o Rio Piracicaba corre o risco de literalmente secar caso não chova dentro dos próximos meses de setembro e outubro: “O que vem mantendo o Piracicaba são praticamente as águas dos esgotos sanitários e efluentes industriais”, revela Geraldo Magela Gonçalves, Dindão, conselheiro do CBH Piracicaba e editor desse periódico.
O rio vem apresentando a cor esverdeada e odores característicos de esgoto sanitário.
Dindão já vem chamando a atenção para essa situação de seca dos rios há mais de oito anos, mas, segundo ele, poucas ações efetivas foram implementadas, seja pelos municípios, estado, união e ou iniciativa privada.
Conforme os balanços hídricos, o Piracicaba perdeu um terço de sua vazão nos últimos 10 anos.
Calor
Uma forte onda de calor atinge o Brasil na primeira quinzena de setembro, segundo alguns dos principais institutos de meteorologia do Brasil. A previsão é de que os termômetros registrem temperaturas máximas entre 40°C e 45°C em alguns Estados com sensação térmica superior a 50°C.
Isso poderia elevar a média da temperatura para a época e pode tornar este um dos meses de setembro mais quentes já registrados no país. Mas por que isso acontece?
Segundo o MetSul Meteorologia, uma massa de ar quente está cobrindo boa parte do Brasil e vai ganhar ainda mais força nos próximos dias.
A Defesa Civil de Minas Gerais já disparou alertas para todo estado.
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.