Papagaio-moleiro, o maior do Brasil

 Papagaio-moleiro, o maior do Brasil

 Aproveitando as comemorações dos 80 anos do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), vamos falar de mais uma daquelas espécies que na nossa bacia só encontra refúgio nessa verdadeira “arca de Noé”, um local realmente sagrado por guardar uma riqueza biológica inestimável!

Medindo 40 cm de comprimento, o papagaio-moleiro (Amazona farinosa) é uma ave magnífica, sendo o maior papagaio brasileiro.

Pode ser ouvido a grande distância devido à sua poderosa vocalização. Outra curiosidade sobre essa espécie é que suas penas são cobertas por uma espécie de pó branco muito fino, daí seu nome científico, “farinosa”, que seria algo como “sujo de farinha”.

O papagaio-moleiro é tipicamente florestal, depende da floresta para sobreviver, possuindo populações (no nosso país) em alguns trechos da Mata Atlântica e em toda a Amazônia (fora do nosso país ocorre do México à Bolívia).

Costuma fazer ninhos em ocos de árvores, como várias outras espécies, o que torna tais cavidades disputadas, como já pude observar em campo, quando um pica-pau-de-banda-branca “estranhou” uma maracanã que se aproximou de uma cavidade onde ele provavelmente já estava com ninho (quando falarmos desse pica-pau vou compartilhar com vocês esse flagrante).

O papagaio-moleiro encontra-se globalmente quase ameaçado de extinção. Em Minas Gerais seu estado é crítico justamente pela devastação do seu habitat no Sudeste, as florestas de baixada (historicamente a mais suprimida). Por essa razão também ele não é encontrado nas florestas de altitude que temos na bacia, como por exemplo no complexo do Gandarela. Lembrando que o PERD preserva exatamente as florestas de baixada, sendo a última grande área de preservação desse ecossistema em MG e uma das últimas do país.

Temos realmente muito a comemorar com a existência do PERD, pois sem ele, não só o papagaio-moleiro, como muitas outras espécies certamente já estariam extintas na nossa bacia.

VIVA O PERD!!!

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Dindão

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