Os sinos anunciam: O ciclo da morte

 Os sinos anunciam: O ciclo da morte

Não é necessário ser nenhum expert para entender que estamos caminhando para a morte – e para uma das piores formas – ou seja, por sede, fome ou pelo fogo. Inclusive, passagens bíblicas relatam que o próximo fim do mundo seria pelo fogo – já há mais de 2 mil anos os profetas já percebiam onde iria nos levar a ganância humana. Entender o ciclo da morte é questão apenas de escolha.

Árvores

O ciclo da morte começa com a matança das árvores, o desmatamento e queimadas.

Entre tantos benefícios, as árvores regulam o clima, absorvem e transformam gazes, amortecem o impacto das chuvas no solo evitando que esse seja lavado e promove a infiltração das águas, levando-as até os lençóis freáticos e abastecendo aquíferos. As árvores regulam as chuvas e evitam enchentes. As árvores são as guardiãs das águas.

Desmatando

A ação de desmatar abre o início do ciclo da morte – mata-se uma árvore que protege o solo. O solo descoberto, ao receber as chuvas, sem o amortecimento oferecido pelas árvores, é lavado, tendo seus nutrientes carregadas para os cursos d´água.

Além da água não infiltrar, o material lavado é carregado para os córregos, riachos, rios e lagos, iniciando ai o processo de assoreamento, que irá também iniciar a destruição da vida nesses corpos d´água – que por sua vez é responsável pelo fornecimento de água para a subsistência humana e ainda fornece alimento diversos, transporte, energia elétrica e lazer.

Como não acontece a infiltração, as nascentes também são afetadas, pois os lençóis e os aquíferos não são abastecidos.

Chuvas

Por que houve uma mudança drástica no regime das chuvas? Ora, fácil explicar. Sem cobertura do solo pelas florestas, as águas mudam de lugar. Não ficam mais onde deveriam ficar. Para se ter chuva é preciso que se tenha evaporação de água – ação muito bem-feita pelas árvores através de sua transpiração. Sem as árvores a água escorre, não para, não evapora onde deveria, fazendo com que mude de lugar.

Sem árvores as chuvas se desordenam, saem do controle – vem com intensidade e, o que era para trazer vida, acaba causando destruição e morte.

Seca e queimadas

O solo descoberto, sem vegetação, sem nutrientes, acaba ficando pobre e sem condições de reter água e acaba também com a capacidade de gerar vida e a cada dia é carregado para os cursos d´água, nascendo daí erosões e desertificação.

O pouco da vegetação que resta, com a clima afetado, mais quente, fica ressecada, propiciando com isso a propagação de incêndios que por sua vez extermina com o resto de vida da área atingida.

O fechamento do ciclo

Sem árvores, menos água. Sem água, menos arvores. Sem árvores e com menos água, menos chuvas. Sem chuvas, mais seca, menos árvores. Com seca, mais incêndios e menos cobertura vegetal. Sem cobertura vegetal, menos água nos reservatórios naturais e morte de nascentes. Com menos nascentes, morte dos cursos d´água e menos água. Menos água, menos produção de alimento, menos produção de energia. Menos água, alimentos mais caros. Alimentos mais caros, mais fome, mais morte.

Solução simples e barata

Apesar do problema ser imenso e complexo, a solução para todos esses problemas se apresenta de forma simples e barata, mas precisa ser colocada em prática o mais urgente possível.

É preciso iniciar uma campanha geral de plantio de árvores, iniciando nos locais mais susceptíveis a degradação, como alto e topo de morros, morros com declividades acentuadas, entorno de nascentes e matas ciliares. Outra ação não menos importante é desenvolver projetos de drenagem nos centros urbanos para, além de evitar enchentes, reter as águas das chuvas conduzindo-as aos grandes depósitos subterrâneos, recuperando com isso nossas nascentes e evitando ainda o assoreamento dos cursos d´água.

Para tudo isso se concretizar é necessário que os poderes constituídos entendam que investir nessas ações reflete na economia, na saúde e na qualidade de vida das populações e o mais importante – quebra o ciclo da morte e se inicia o ciclo da vida.

Dindão

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