Obras em ponte no Rio Piracicaba causa polêmica
Obras da Ponte Central: Empresa é responsável por remoção de resíduos que caíram no rio
Um incidente no canteiro de obras da construção da ponte na área central de Tio Piracicaba e que acabou causando a queda de uma grande coluna no leio do rio, chamou a atenção e, por falta de informações, causou polêmica na cidade.
O fato teria acontecido no dia dois de abril, mas relatado ao “Tribuna do Piracicaba” somente no dia cinco de maio, quando o vereador Juliano Mafra, cumprindo seu papel de fiscalizar, acionou o jornal denunciando o que seria um crime ambiental, alegando que a empresa teria jogado duas vigas de concreto no rio e enviou um vídeo.
A denúncia ocorreu por meio de um áudio onde inicialmente o vereador indagava sobre a atuação do jornal: “Estou preocupado uai, a Voz do Rio calou? Ficou mudo? Você já viu aqui na ponte que eles jogaram duas vigas de concreto dentro do rio”, questionou o edil.
O vídeo mostra cabos de um guindaste içando uma grande viga quando a mesma se desprende e acaba caindo ao leito do rio.
Diante o exposto o editor do Tribuna entrou em contato com o prefeito, Augusto Henrique, relatando sobre a denúncia do vereador.
O prefeito, por sua vez, imediatamente, se prontificou a prestar todos os esclarecimentos sobre o episódio que, naquele momento, fazia 33 dias do ocorrido.
O vereador Juliano questionou o editor do Tribuna o porquê de ter acionado o prefeito na mesma hora, sendo informado sobre o papel da imprensa, que é ouvir todos os lados envolvidos em uma questão, dizendo também ser papel constitucional do vereador fiscalizar, apurar e denunciar se for o caso.
Prefeitura esclarece
Dando sequência à busca de informações, de início o prefeito, que é engenheiro ambiental, informou ter sido notificado no ato do ocorrido quando a empresa responsável pela obra, Vereda Engenharia Ltda. relatou sobre o incidente, solicitando uma vistoria no canteiro de obras.
Segundo Augusto, a prefeitura e a empresa Vereda cumprem todas as determinações legais vigentes, apresentando as licenças: Travessia Aérea – Instituto Mineiro das águas – IGAM; Autorização para intervenção em área de preservação permanente – APP- CODEMA; Licenciamento Ambiental: Dispensa de licenciamento Ambiental na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável- SEMAD, uma vez que este tipo de licenciamento não se enquadra na DN 217 e ainda o Plano de Gerenciamento de Resíduos – PGR.
Segundo informou a prefeitura, a empresa Vereda, em cumprimento ao PGR, deverá remover todos os resíduos provenientes da obra, entregando o local conforme ou “melhor” que o encontrado.
Ainda de acordo com o prefeito, o material que caiu no rio, as vigas de concreto, é inerte, ou seja, não sofre transformação física, química ou biológica, não causando danos às águas.
Mesma posição foi repassada ao jornal pelo presidente do CBH Doce, Flamínio Guerra, informando sobre a inércia do material e que obras dessa envergadura geram impactos momentâneos, mas que devem sr sanados ao final.
Segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente, desde o início da obra, foi criado uma comissão composta por um engenheiro civil, um fiscal de Meio Ambiente e um técnico de segurança do trabalho para acompanhamento, promovendo vistorias diárias das atividades.
O Tribuna estará a disposição para, ao final da obra, verificar o cumprimento das obrigações da empresa apresentadas no seu PGR.
Desassoreamento
Durante a busca por informações sobre o episódio motivo da matéria em questão, a prefeitura informou também que o projeto de desassoreamento do leito do rio na região central da cidade já teve início.
O projeto contempla a limpeza do leito com remoção de excesso de material que prejudica o fluxo normal das águas além de poluir a mesma, como lixo diversos, pneus, galhadas de árvores que causam retenção de lixo, lixo este que não deveria ser lançado nas águas.
O trabalho teve início na localidade conhecida como “Campo do Cajuca” e nessa primeira fase vai até a Associação dos Aposentados.