Dindão estreia nas Câmaras Técnicas
CBH Piracicaba: Dindão participa da primeira reunião de Câmara técnica e em sua estreia, jornalista apresenta requerimento questionando suspeição de membros
Aconteceu na manhã do dia 9 de novembro, de forma virtual, uma reunião conjunta das Câmaras Técnicas Legal (CTIL) e de Outorga (CTOC) do CBH Piracicaba, quando o jornalista e coordenador da Expedição Piracicaba, Geraldo Dindão Gonçalves, fez sua estreia representando o Fórum Nacional dos Comitês (Fonasc).
Logo em sua primeira participação, o jornalista apresentou um requerimento solicitando parecer sobre uma situação que ele diz ser “no mínimo antiética”, quando votam nos processos que tramitam na Câmara e no Comitê, representantes de empresas que são parte integrantes e interessadas diretamente no projeto em análise – ato conhecido como “em causa própria”.
A reunião foi agendada para que fossem analisadas pareceres do Igam sobre o projeto de regularização de documentação do desvio já existente em parte do Córrego das Flechas, que corta a Mina de Capanema.
Durante sua participação, Dindão deixou claro, em detalhes, que pretende defender todas as águas da Bacia do Piracicaba – cuidando inicialmente das nomenclaturas: “Começam a matar um rio desprezando seu nome”, comentou.
Falta de pareceres
Devido a questões burocráticas, o CBH Piracicaba continua legalmente sem Agência Equiparada, apesar de já estar definido a Agevap como a nova gestora.
Diante do fato, o parecer técnico da Agência não foi realizado, causando uma série de questionamentos.
Outra questão levantada foi a falta de relacionar o fato da classificação das águas do córrego dentro do enquadramento da Bacia do Piracicaba – ficando de ser detalhado junto ao parecer do Igam.
Ao final da reunião, quando apresentado uma série de condicionantes, o processo recebeu aprovação das Câmaras com abstenção da Fonasc devido a falta dos pareceres citados.
Síntese da apresentação de Dindão
“Para quem ainda não me conhece – na relação do aplicativo aparece o nome – Geraldo Magela Gonçalves – mas todos me conhecem como Dindão.
Apesar de estar apenas agora participando como membro da câmara, acompanho o CBH desde sua criação e a bacia do Piracicaba há uns 45 anos – aprendi a nadar nessas águas.
Vejo como um servir de muito responsabilidade estar aqui decidindo questões que irão interferir nas águas de nossa bacia.
Isso é ser responsável pela vida de mais de 800 mil pessoas – uma responsabilidade muito maior que muitos possam imaginar.
Portanto, pretendo ser cuidadoso – detalhista – próximo de chato. Mas longe de irresponsável e inconsequente.
Muitos aqui não residem na bacia, mas estão decidindo o destino dela.
Fisicamente conheço razoavelmente bem a bacia – tenho contribuição – orgulhosa – no trabalho do Paulo Maciel quando do enquadramento da bacia em 1994 e acompanho de perto nos últimos 27 anos o drama do Piracicaba e consequentemente do doce.
Tecnicamente não sou gabaritado para muitas das situações expostas nessa câmara, por isso estarei contando com um suporte técnico – com duas universidades envolvidas.
Agradeço a atenção e desejo a todos um dia cheio de boas energias”.