Fim nobre para onça parda
Morte de onça parda repercute e carcaça é recolhida à museu da UFV
A matéria sobre a morte de uma onça parda ocorrida no dia 31 de julho veiculada no Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio e nas redes sociais gerou repercussão e debates acerca do episódio que envolveu o triste fim do felino.
O fato aconteceu na BR 262, entrada para Conceição de Piracicaba (Jorge), e coincidiu com um avistamento de um exemplar semelhante na mesma semana no bairro Laranjeiras em João Monlevade e ainda com relatos de ataques a criações na zona rural da comunidade rio piracicabense.
A morte do animal gerou revolta e consternação nas Redes Sociais e após ter sido publicado também no grupo de whatzap “Projeto Piracicaba”, que envolve diversos segmentos da sociedade da Bacia do Piracicaba, do estado e do país, o caso foi amplificado, quando recebeu a interferência da Polícia Militar do Meio Ambiente que promoveu diligência ao local afim de verificar a causa da morte do felino.
Contando com a participação do veterinário Raone Viana Machado que esteve no local, foi detectado, a princípio, ter sido um atropelamento, mas posteriormente apareceu também no grupo uma denúncia de que o animal teria sido abatido com um tiro.
Ainda durante o debate foi sugerido pela estudante de biologia Ana Caldeira que poderiam recolher a carcaça do animal para que o mesmo fosse utilizado para estudos e ou disponibilizado para algum museu de história natural, dando um fim mais nobre ao felino.
O comandante da 12ª Companhia Independente de Meio Ambiente, Capitão Átila Porto, parceiro do “Projeto Piracicaba” mais uma vez se prontificou a apoiar a iniciativa.
Segundo o capitão, a estudante de biologia manteve contato manifestando o interesse em resgatar o animal para fins científico, acionando a Polícia Militar de Meio Ambiente de João Monlevade para apoiar no sentido de legalizar o transporte e o uso do animal para o devido fim, esclarecendo também que com isso poderia também ter uma resposta mais exata quanto a causa morte do animal.
Foi feito contato com o Museu de Zoologia João Moojen, que fica localizado no Campus da Universidade Federal de Viçosa, sendo o curador o Dr. Renato Mendes e a responsável pelo laboratório de mastozoologia a Dra. Gisele Mendes Lessa del Giudice, que receberiam a carcaça.
Toda operação contou com a participação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Piracicaba, município onde a onça foi encontrada morta.
Campanha
O debate também produziu a ideia de se fazer uma campanha para informar sobre esses felinos, como agir diante um contato com eles, sobre a importância dos mesmos para manutenção do equilíbrio ambiental e ainda promover um estudo para criação de passagens para animais silvestres nas rodovias.
Para o editor do Tribuna do Piracicaba e administrador do grupo “Projeto Piracicaba”, Geraldo Dindão Gonçalves, a morte desse exemplar de onça parda não foi o fim, mas o começo de uma ação que poderá a vir salvar muitos outros animais.