“Saí-andorinha”, mensageira da felicidade

“Você viu algum passarinho azul?!” Diz-se a quem está muito feliz. E, realmente, a alegria de ver um passarinho como o saí-andorinha (Tersina viridis) só quem já viu sabe como é.

Seu azul reluzente contrastando extraordinariamente com o verde da mata, sua máscara negra realçando seus olhos vermelhos e o ventre desenhado de branco e listras pretas, arrancam do observador um sorriso misto de surpresa e admiração.

Esse belíssimo passarinho vive em pequenos bandos, geralmente procurando pequenos frutos, em quase todo o país. A fêmea, também muito bonita, é quase uma versão verde do macho.

Durante o período de reprodução, os bandos se desintegram em casais, ficando com a fêmea praticamente toda a incumbência de cuidar da prole, desde a escavação do barranco para a construção da galeria que abrigará o ninho, à incubação dos ovos e finalmente a alimentação dos ninhegos.

Aliás, essa é uma regra geral na Natureza: quando o macho é muito vistoso, não costuma participar dos cuidados com a prole, para evitar que chame a atenção de predadores, sempre ávidos por presas fáceis.

Encontrado em toda bacia do Piracicaba, o saí-andorinha pode ser visto tanto em florestas, quanto em áreas antropizadas (áreas alteradas pela ação humana, como cidades. Já o observei, por exemplo, numa árvore entre a ponte e o bar Primavera, bem no centro de Rio Piracicaba).

Este passarinho é migratório, e muito pouco se sabe sobre seus movimentos migratórios.

Registros de observadores de aves, em plataformas de ciência-cidadã, como o Wikiaves, pode um dia, quem sabe, ajudar os ornitólogos a descobrirem os segredos que envolvem a migração do saí-andorinha.

tp

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