Os Sinos Anunciam – por Dindão
Mineração X água X desenvolvimento X degradação X barragens X vida
Enquanto a cidade de Rio Piracicaba no dia 30 de novembro acabava de concluir um simulado de fuga de emergência de barragem, no dia 2 de dezembro a cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo já recebia um alerta que uma das barragens da Mina de Brucutu, pela segunda vez, apresentava problemas e entrava em nível 1 de emergência.
Estamos vivendo tempos tumultuados que nos enchem de dúvidas sobre o futuro e qual caminho tomar.
Idiota aquele que não tem dúvida diante tantos caminhos.
Alguns destes caminhos, a princípio, nos apresentam como os mais atrativos – muito dinheiro, retorno de investimento rápido, enchem os olhos e os bolsos.
Entretanto, a vida, principalmente em Minas, nos ensina que caldo de galinha e precaução não faz mal a ninguém.
Só esse ano cerca de 10 cidades tiveram simulados de fuga de emergência de barragens.
Portanto, hora de parar e tentar ver o mais longe possível para, depois de pesar todos os prós e contras, definir o que realmente é bom para nossa região, para nossa população e para o nosso futuro.
Ganhar um dinheirinho? morrer na lama? ou rever todo processo buscando mais segurança, produtividade e mais qualidade de vida e renda para todos.
Idiota 1
Acho que ninguém é idiota o bastante para ser contra a mineração.
Não existimos sem a mineração. Você sabia que a maioria dos produtos de beleza contém minerais como ferro, talco, bismuto, zinco e sílica? Os minerais são usados em vitaminas, sabonetes, creme dental, shampoo, remédios comuns e em praticamente todos os produtos que você compra e usa.
A comida que você compra e come é produzida em massa com o uso de fertilizantes que contêm minerais, tais como fosfato, enxofre, cádmio e fósforo – que são subprodutos da mineração. E não nos esqueçamos dos equipamentos em academias. Eles contêm uma grande mistura de metais, tais como ferro, alumínio, titânio e cobre. E os equipamentos de academia que são eletrônicos? Eles também contêm cobre, chumbo, quartzo, tântalo, mica, germânio e samário.
Joias, relógios e telefones celulares não são cultivados organicamente, eles são feitos de ouro, prata, platina, cádmio, quartzo, ligas e podem conter pedras preciosas. Práticas médicas, tais como próteses de articulação, marca-passos, cirurgias de pequeno ou grande porte: todos exigem equipamentos que contêm uma grande variedade de minerais.
Sim, todos os minerais mencionados acima são obtidos por meio da mineração, e muitos deles por meio da mineração a céu aberto. Então, do momento em que você acorda até o momento em que você toma seu café da manhã, a mineração já esteve presente em parte importante em seu dia.
Portanto, não tem como existir sem existir a mineração.
Mineração X desenvolvimento
Como já foi dito, é inegável a necessidade da mineração para nossa vida e também para o desenvolvimento econômico e social das pessoas, empresas, cidades, estados e país.
Com a mineração os municípios arrecadam mais impostos, geram empregos, geram renda e faz a máquina da economia girar – entretanto essa máquina não distribui renda com equidade – mesmo porque o imposto que a mineração paga por retirar o minério gira em torno de 3%.
Bom lembrar que mineração, além de dar apenas uma safra, mesmo que dure por tempo considerável, gera desenvolvimento mas também degradação.
Outro detalhe é que com a atividade da mineração, raramente outras atividades conseguem se desenvolver paralelamente – a mineração não permite devido a diversos fatores – entre eles – a concorrência desleal nos impostos e na obtenção da matéria prima.
Mineração X propriedade
Uma pergunta que poucos fazem – minério é um produto que se encontra no solo. Quem é dono do solo?
Pela constituição brasileira, as riquezas minerais do país pertencem à União e não ao proprietário da terra onde elas se encontram.
Portanto, se é da união, é do povo – a empresa mineradora tem apenas a concessão para exploração.
Mas o povo mesmo não tem nenhum ganho direto com a mineração, muito pelo contrário.
Essa conta tem sido bem negativa para o povo, já que enquanto as mineradoras nadam nos bilhões de lucro – as cidades e as populações onde são exploradas ficam com a poluição do ar, das águas, com os impactos ambientais, sociais e a maioria das populações das cidades mineradoras são pobres – algo está errado.
Mineração X água
O indústria da mineração aponta o setor agropecuário como o maior consumidor de água no mundo, e isso é uma verdade.
Entretanto, o problema é que o setor da mineração vem operando, na maioria das vezes – justamente nos berçários das águas – ou seja, nos nascedouros dos rios, córregos, ribeirões, riachos.
Além de interferir diretamente nas nascentes, as mineradoras ainda, mesmo que usando apenas um percentual bem menor que o setor agropecuário, coloca em risco toda segurança hídrica de uma região, com o modelo arcaico de depósito de rejeito em barramentos gigantes que ameaçam a vida em todas as suas formas.
Mineração X degradação X barragem
As barragens de contenção de rejeitos – sistema arcaico – já foi abolido em diversos países.
Como o próprio nome já diz – rejeito – é algo que a empresa mineradora e o mercado não quer – e sobra pra quem?
Até então tem ficado para as populações que convivem com esse inimigo até então silencioso – dando sinal de estar sempre prestes a destruir tudo, como as tragédias de Mariana / Fundão / Bento Rodrigues e Brumadinho.
A população adormece e acorda com o inimigo.
Idiota 2
Mineração X Vida
Idiota seria também aquele que pensa que, diante a situação exposta, o certo seria acabar com a mineração.
Ao contrário, temos que torcer para que ela continue progredindo, avançando, implementando novas tecnologias em busca de produzir mais, com mais qualidade e mais segurança.
A verdadeira discussão, o debate que urge é outro: E o tema é:
– É preciso acabar com todas as barragens e esse modelo de mineração.
– É preciso definir onde pode e onde não pode minerar – se afeta um fio dágua, não pode.
– É preciso rever os impostos, taxas, contrapartidas, medidas mitigatórias, condicionantes entre outras formas das mineradoras deixarem mais um pouco de seus bilionários lucros onde elas extraem o seu motivo de ser – ou seja – o minério – que é da união – do povo.
ENFIM – NÃO QUEREMOS ACABAR COM A MINERAÇÃO – SÓ NÃO QUEREMOS QUE ELA ACABE COM A VIDA
Enquanto a cidade de Rio Piracicaba no dia 30 de novembro acabava de concluir um simulado de fuga de emergência de barragem, no dia 2 de dezembro a cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo já recebia um alerta que uma das barragens da Mina de Brucutu, pela segunda vez, apresentava problemas e entrava em nível 1 de emergência.
Estamos vivendo tempos tumultuados que nos enchem de dúvidas sobre o futuro e qual caminho tomar.
Idiota aquele que não tem dúvida diante tantos caminhos.
Alguns destes caminhos, a princípio, nos apresentam como os mais atrativos – muito dinheiro, retorno de investimento rápido, enchem os olhos e os bolsos.
Entretanto, a vida, principalmente em Minas, nos ensina que caldo de galinha e precaução não faz mal a ninguém.
Só esse ano cerca de 10 cidades tiveram simulados de fuga de emergência de barragens.
Portanto, hora de parar e tentar ver o mais longe possível para, depois de pesar todos os prós e contras, definir o que realmente é bom para nossa região, para nossa população e para o nosso futuro.
Ganhar um dinheirinho? morrer na lama? ou rever todo processo buscando mais segurança, produtividade e mais qualidade de vida e renda para todos.
Idiota 1
Acho que ninguém é idiota o bastante para ser contra a mineração.
Não existimos sem a mineração. Você sabia que a maioria dos produtos de beleza contém minerais como ferro, talco, bismuto, zinco e sílica? Os minerais são usados em vitaminas, sabonetes, creme dental, shampoo, remédios comuns e em praticamente todos os produtos que você compra e usa.
A comida que você compra e come é produzida em massa com o uso de fertilizantes que contêm minerais, tais como fosfato, enxofre, cádmio e fósforo – que são subprodutos da mineração. E não nos esqueçamos dos equipamentos em academias. Eles contêm uma grande mistura de metais, tais como ferro, alumínio, titânio e cobre. E os equipamentos de academia que são eletrônicos? Eles também contêm cobre, chumbo, quartzo, tântalo, mica, germânio e samário.
Joias, relógios e telefones celulares não são cultivados organicamente, eles são feitos de ouro, prata, platina, cádmio, quartzo, ligas e podem conter pedras preciosas. Práticas médicas, tais como próteses de articulação, marca-passos, cirurgias de pequeno ou grande porte: todos exigem equipamentos que contêm uma grande variedade de minerais.
Sim, todos os minerais mencionados acima são obtidos por meio da mineração, e muitos deles por meio da mineração a céu aberto. Então, do momento em que você acorda até o momento em que você toma seu café da manhã, a mineração já esteve presente em parte importante em seu dia.
Portanto, não tem como existir sem existir a mineração.
Mineração X desenvolvimento
Como já foi dito, é inegável a necessidade da mineração para nossa vida e também para o desenvolvimento econômico e social das pessoas, empresas, cidades, estados e país.
Com a mineração os municípios arrecadam mais impostos, geram empregos, geram renda e faz a máquina da economia girar – entretanto essa máquina não distribui renda com equidade – mesmo porque o imposto que a mineração paga por retirar o minério gira em torno de 3%.
Bom lembrar que mineração, além de dar apenas uma safra, mesmo que dure por tempo considerável, gera desenvolvimento mas também degradação.
Outro detalhe é que com a atividade da mineração, raramente outras atividades conseguem se desenvolver paralelamente – a mineração não permite devido a diversos fatores – entre eles – a concorrência desleal nos impostos e na obtenção da matéria prima.
Mineração X propriedade
Uma pergunta que poucos fazem – minério é um produto que se encontra no solo. Quem é dono do solo?
Pela constituição brasileira, as riquezas minerais do país pertencem à União e não ao proprietário da terra onde elas se encontram.
Portanto, se é da união, é do povo – a empresa mineradora tem apenas a concessão para exploração.
Mas o povo mesmo não tem nenhum ganho direto com a mineração, muito pelo contrário.
Essa conta tem sido bem negativa para o povo, já que enquanto as mineradoras nadam nos bilhões de lucro – as cidades e as populações onde são exploradas ficam com a poluição do ar, das águas, com os impactos ambientais, sociais e a maioria das populações das cidades mineradoras são pobres – algo está errado.
Mineração X água
O indústria da mineração aponta o setor agropecuário como o maior consumidor de água no mundo, e isso é uma verdade.
Entretanto, o problema é que o setor da mineração vem operando, na maioria das vezes – justamente nos berçários das águas – ou seja, nos nascedouros dos rios, córregos, ribeirões, riachos.
Além de interferir diretamente nas nascentes, as mineradoras ainda, mesmo que usando apenas um percentual bem menor que o setor agropecuário, coloca em risco toda segurança hídrica de uma região, com o modelo arcaico de depósito de rejeito em barramentos gigantes que ameaçam a vida em todas as suas formas.
Mineração X degradação X barragem
As barragens de contenção de rejeitos – sistema arcaico – já foi abolido em diversos países.
Como o próprio nome já diz – rejeito – é algo que a empresa mineradora e o mercado não quer – e sobra pra quem?
Até então tem ficado para as populações que convivem com esse inimigo até então silencioso – dando sinal de estar sempre prestes a destruir tudo, como as tragédias de Mariana / Fundão / Bento Rodrigues e Brumadinho.
A população adormece e acorda com o inimigo.
Idiota 2
Mineração X Vida
Idiota seria também aquele que pensa que, diante a situação exposta, o certo seria acabar com a mineração.
Ao contrário, temos que torcer para que ela continue progredindo, avançando, implementando novas tecnologias em busca de produzir mais, com mais qualidade e mais segurança.
A verdadeira discussão, o debate que urge é outro: E o tema é:
– É preciso acabar com todas as barragens e esse modelo de mineração.
– É preciso definir onde pode e onde não pode minerar – se afeta um fio dágua, não pode.
– É preciso rever os impostos, taxas, contrapartidas, medidas mitigatórias, condicionantes entre outras formas das mineradoras deixarem mais um pouco de seus bilionários lucros onde elas extraem o seu motivo de ser – ou seja – o minério – que é da união – do povo.
ENFIM – NÃO QUEREMOS ACABAR COM A MINERAÇÃO – SÓ NÃO QUEREMOS QUE ELA ACABE COM A VIDA