Antônio Carlos preside reunião sobre barragens

O prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo destacou que o modelo de exploração mineral precisa ser repensado

O prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo e diretor financeiro da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), Antônio Carlos Noronha Bicalho, presidiu no di 21 de novembro o Encontro Técnico Itinerante da Amig (Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais) na cidade de Congonhas.

A reunião teve como motivação as recentes notícias veiculadas na imprensa que relataram o fato da Vale ter sonegado informações de documentos que evidenciavam o risco do acidente em Brumadinho.

Durante o evento, o chefe do setor de fiscalização de barragens da Agência Nacional de Mineração (ANM) em Minas Gerais, Wagner Araújo Nascimento, apresentou um painel sobre o status de segurança e o prazo para descomissionamento de barragens.

Em sua explanação, ele mostrou a situação específica de cada barragem localizada nos municípios mineiros, com classificação de prioridade de vistoria, grau de risco, método de alteamento, entre outros critérios utilizados pela agência para avaliação das estruturas.

O diretor-geral da ANM, Victor Bicca, também externou a posição da agência em relação à descaracterização das barragens com aproveitamento econômico das mesmas. Segundo ele, sustentabilidade é a palavra-chave. “O foco principal é a segurança com a descaracterização e o reaproveitamento econômico do material”, afirmou. Bicca acrescentou que é preciso voltar ao passado e ver o que precisa ser melhorado, pois, segundo ele “a questão econômica também nos trouxe a essa questão onde estamos”.

Para o prefeito Antônio Carlos, a relevância da atividade mineradora para o Estado é inquestionável, mas é preciso afastar os riscos de desastres como os de Mariana e Brumadinho. “Não podemos aceitar que os moradores das cidades mineradoras vivam momentos de insegurança e apreensão. Precisamos de garantias das empresas de que suas operações não vitimarão mais trabalhadores, filhos, mães e pais de família”, ressaltou. Antônio Carlos enfatizou ainda que o modelo de exploração mineral precisa ser repensado. “Tem que passar por reestruturação em todos os âmbitos e precisamos da mobilização de todos”, declarou.

Tremor

Na noite do dia 25 de novembro, precisamente em torno das 20:10 horas, um abalo significativo que teria tido duração de poucos segundos foi sentido em grande parte da cidade de Congonhas, assustando toda população.

O fato causou centenas de chamadas ao Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Cívil e à CSN.

Moradores temiam que, com o abalo, as estruturas das barragens pudessem ser danificadas, causando uma tragédia.
Rodeada por 24 barragens, Congonhas seria varrida do mapa em caso de ruptura, aponta estudo.

Até o fechamento dessa edição não havia sido identificado o motivo e nem a dimensão do abalo e se algum dano teria causado na cidade.

tp

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