Projeto de recuperação da Represa do Fidalgo ganha reforço

Rio Piracicaba – O projeto de mobilização para recuperação da Represa do Fidalgo, há muito desenvolvido nos bastidores, vem produzindo resultados positivos e após ganhar diversos apoios entra em uma fase crucial para que a revitalização do local se torne realidade.

O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Augusto Henrique – Guto, primeiro a abraçar a ideia e torna-la prática, acaba de dar mais um passo em direção à efetivação do projeto. Guto, representando a Prefeitura de Rio Piracicaba, assinou no final de junho, no Campus da UEMG em João Monlevade, um convenio com a instituição de ensino objetivando uma parceria na elaboração de projetos nas mais diversas áreas, incluindo na área ambiental.

Segundo o secretário esse convênio irá gerar uma considerável economia para o município no que diz respeito à contratação de profissionais para elaboração de projetos, que se apresentam com custos elevados: “sem contar que as demandas na cidade serão atendidas com maior agilidade, visto que a prefeitura terá a sua disposição profissionais em formação com a melhor coordenação que se possa ter – o corpo docente de uma universidade”, comemorou.

Ainda conforme o secretário, o convênio beneficia a todos – a cidade com os serviços, os estudantes que receberão estágios para conclusão do curso e podem usar os temas e projetos trabalhados como TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Já a UEMG, além de ter um campo de “provas” e estágio para seus alunos, tem o direito sob as publicações dos trabalhos.

Projeto Fidalgo

Um dos primeiros projetos a ser trabalhado pela nova parceria será o projeto de revitalização do Fidalgo.

Conforme Guto, em uma primeira fase será feito um diagnóstico sobre a represa, sob o viés histórico, em parceria com o Departamento de Cultura do município, já que trata-se de um bem tombado pelo patrimônio histórico municipal e ainda pelo viés ambiental e paisagístico, para posteriormente ser formatado um projeto de revitalização que poderá envolver todo o complexo formado pela represa, o lago, o aqueduto, a casa da usina e a casa do cuidador da usina.
Um envolvimento com a comunidade do entorno da Represa também é parte do projeto, já que os mesmos serão os mais beneficiados com a revitalização do local.

Salvando a Represa do fidalgo

O início da caminhada para uma possível revitalização da Represa e Lagoa do fidalgo aconteceu no dia 12 de setembro de 2018, durante reunião da Câmara Municipal, quando foi aprovada por unanimidade um requerimento do vereador Hugo Pessoa de Almeida, solicitando do poder executivo que promova o desassoreamento e a recuperação daquele local.

Já há algum tempo moradores do entorno da represa já vinham solicitando desse periódico uma matéria sobre o estado de abandono do local.

Diante dos fatos o Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio iniciou uma mobilização buscando arregimentar apoio para que fosse colocado um projeto de recuperação em prática, sendo abraçado pelo Executivo Municipal através do Secretário Municipal de Meio Ambiente, Augusto Henrique e também pelo CBH Piracicaba, através de seu presidente, Flamínio Guerra.

O envolvimento da comunidade também é destacada para que os próprios moradores e usuários sejam parte dessa recuperação e que se envolvam na proteção do local.

Represa do Fidalgo

A represa, que é tombada para fins de preservação e declarada monumento natural e histórico da cidade conforme Lei Orgânica Municipal em sua Seção V, foi construída juntamente com uma usina com objetivo de gerar energia para a cidade e seus distritos, função que cumpriu durante longos anos até o final da década de 50.

Ainda hoje existem a casa de máquinas, a casa do responsável pelo comando da usina, a rede de dutos que conduzia a água até as turbinas, a barragem e o lago – formando o complexo da Represa do Fidalgo.

Depois de deixar de gerar energia a “Represa do Fidalgo” continuou atender a população oferecendo lazer através da pesca e uso para o banho durante os dias mais quentes de verão.

Hoje a lagoa está tomada pela vegetação e assoreada se encontrando em estado crítico de degradação.

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