Projeto de medição de vazão de rios é apresentado aos CBH´s Piracicaba/Doce

 Projeto de medição de vazão de rios é apresentado aos CBH´s Piracicaba/Doce

Proposta é, através de parcerias, implementar o Monitoramento Hídrico Participativo Vazão (MHP) através da Educação Ambiental e Ciência Cidadã nos hidro territórios

Durante os dias 10 e 11, na Reserva Particular do Patrimônio Natural do Caraça (RPPN), oito conselheiros do CBH Piracicaba/Doce participaram da apresentação do projeto MHP Vazão para medição de vazão de rios por meio de traçador salino (sal de cozinha).

O projeto, idealizado, conduzido e apresentado pelo geólogo professor Dr. Paulo Horta Rodrigues do CDTN (Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear) e pelo geólogo Sandro Márcio de Aguiar Costa, teve como objetivo verificar junto aos membros dos Comitês de Bacia sobre a viabilidade da parceria para a criação de um Programa de Monitoramento Participativo dos Recursos Hídricos das Bacia do Rio Piracicaba e do Rio Doce, inserindo-o dentro do Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social do Plano Diretor dos referidos CBH´s.

As parcerias para desenvolvimento do projeto envolveriam o CDTN, a UNIFEI Itabira (ProfÁgua) com possibilidade da participação da UFMG e da UNESCO.

A apresentação constou de duas etapas, parte teórica, no dia 10 e prática no dia 11.

Durante a etapa teórica, ocorrida no antigo colégio do Caraça, o geólogo Sandro Costa, apresentou seu trabalho de mestrado que promoveu, dentre outros resultados, o monitoramento de vazão de alguns cursos d´água do Caraça, cujo orientador foi o professor Paulo Rodrigues.

Ainda no dia 10, o professor Paulo Rodrigues apresentou as metodologias utilizadas para medição de vazão de cursos d´água, destacando a que utiliza o traçador salino, como a forma mais prática e de menor custo, o que viabiliza o emprego em todo hidro território.

Já no dia 11 os conselheiros foram a campo, aprenderem na prática a metodologia apresentada, sendo realizada a medição da vazão do Córrego Bosque do Padre Leite.

Foi verificado pelos conselheiros a forma simples de se fazerem as medições, sendo constatado na prática que a metodologia pode ser transferida com facilidade a todos os interessados, nas bacias envolvidas, destacando-se a praticidade, a facilidade e o baixíssimo custo dos insumos e equipamento, ou seja, sal de cozinha, balde e ou qualquer outro recipiente e um condutivímetro, todos com valores acessíveis.

Vantagens

A medição de vazão de cursos d´água por meio de traçador salino (sal de cozinha) se destaca por uma série de fatores, sendo o principal a alta significância para a bacia do Rio Piracicaba e do Rio Doce que vem perdendo volume nas últimas décadas, mas as vantagens são muitas, começando por poder ser integrado ao Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social dos CBH´s Piracicaba e Doce.

Outros pontos favoráveis: projetos de custo muito baixo; suporte de dois institutos acadêmicos especializados: CDTN (Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear) e UNIFEI/Itabira – ProfÁgua/ANA; oportunidade de contar com a parceria de comunidades locais (Ciência Cidadã); possibilidade inovadora por agregar mecanismos facilitadores de pesquisa técnico-científca por meio da Ciência Cidadã, podendo até haver suporte complementar de outras instituições (UFMG e UNESCO).

Conclusões

Em uma primeira fase, conforme convergido durante a reunião final do segundo dia de trabalho, seria a implementação do programa, com um projeto piloto, para criar uma rede de monitoramento em sub-bacia(s), para medidas regulares de vazão (períodos seco/chuvoso) já com as indicações locacionais fornecidas pelo CBH. Em um segundo momento seriam buscadas interações com as comunidades locais, de forma a acompanharem as variações dos caudais dos corpos hídricos e poderemos todos contribuir para a gestão dos recursos hídricos (segurança hídrica).

Foi levantado durante os debates, a sugestão de envolver as microbacias já inseridas na Iniciativa Rio Vivo como forma de monitorar a vazão das nascentes cercadas e com possibilidades ainda de inserir esses proprietários no programa de PSA, pagando por volume de água produzido, incentivando os envolvidos a conservar e mantendo o investimento feito pelo CBH em sua propriedade e ampliar a área de recarga.

Finalizando o encontro, o presidente da Câmara Técnica de Capacitação, Comunicação e Educação Ambiental (CTCEA- CBH Doce), Francisco de Assis, se prontificou a marcar uma reunião com uma apresentação do projeto pelo professor Paulo Rodrigues para posteriormente levar o projeto às plenárias do Doce e do Piracicaba.

Presença

 

Participaram das atividades além do professor Paulo Horta Rodrigues, coordenador geral do encontro – CDTN e do geólogo Sandro Márcio de Aguiar Costa (egresso do Mestrado do CDTN, os professores Lussandra M. Gianasi (Departamento de Geografia/IGC/UFMG); Daniela Campolina (Escola Municipal Honorina Giannetti/Rio Acima) e Luciano Correa (Escola Estadual Santo Antônio/Rio Acima); os conselheiros do CBH Piracicaba/Doce: Francisco de Assis Gonzaga, Geraldo Magela Gonçalves, Hercília A. S. Faria, Iusifith Chafith, Luana Santos Barbosa Luna, Maxiley Azevedo e Sandra Alves Pereira; os graduando Francisco A. Brun (Depto Geografia/IGC/UFMG) e Emmanuel Coz Alarcón (Depto Geografia/IGC/UFMG) e o anfitrião Padre Paulo Eustáquio Venuto (Diretor da RPPN do Caraça).

Dindão Dindão

Dindão

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