Pesquisa inédita revela que reservas subterrâneas de água estão se esgotando

Diversas regiões do mundo estão registrando um rápido esgotamento das reservas subterrâneas de água das quais milhões de pessoas dependem para beber, irrigar e fazer outros usos.
O estudo, que analisou milhares de medições do nível das águas subterrâneas em mais de 170 mil poços distribuídos por 40 países, é o primeiro que mostra o que está acontecendo com os níveis das águas subterrâneas em escala global, de acordo com os cientistas.

As águas subterrâneas, contidas em fissuras e buracos em estruturas rochosas permeáveis conhecidos como aquíferos, desempenham um papel crucial na sustentação das comunidades, especialmente em regiões do mundo onde as chuvas e as fontes de água superficial são limitadas, como no noroeste da Índia e no sudoeste dos Estados Unidos.
A diminuição nos níveis das águas subterrâneas pode complicar o acesso das pessoas à água para beber ou para irrigar as plantações, resultando na subsidência de terras, que traz diversos problemas ambientais.
Os autores descobriram que os níveis das águas subterrâneas diminuíram, entre 2000 e 2022, 71% em 1.693 sistemas aquíferos incluídos na pesquisa, com os níveis das águas subterrâneas diminuindo mais de 0,1 m por ano em 36%, o que corresponde a 617 dos locais analisados.
Para compreender se as reduções observadas no século 21 estavam acelerando, a equipe também acessou dados sobre os níveis das águas subterrâneas de 542 dos aquíferos no estudo no período entre 1980 e 2000.
Foi então que descobriram que o declínio dos níveis das águas subterrâneas acelerou nas primeiras duas décadas do século 21 em 30% desses aquíferos, ultrapassando as reduções registadas entre 1980 e 2000.
Lidar com a invisibilidade das águas subterrâneas é um verdadeiro desafio, mas precisamos sensibilizar os responsáveis pela tomada de decisões acerca da existência desse recurso, sublinhando a urgência da preservação para fortalecer a resiliência e facilitar a adaptação diante das mudanças climáticas.

Fonte: CNN Brasil via Revista Nature

Dindão

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