Defesa Civil piracicabense,mais uma vez evitou tragédia
Umas das cidades mais atingidas pelas chuvas desse início de ano, Rio Piracicaba, só escapou de uma catástrofe graças à disciplina e planejamento da Defesa Civil local. Mais uma vez, a intervenção da equipe, antes, durante e depois dos acontecimentos, evitaram que uma tragédia ocorresse devido a intensidade do acontecimento natural, agravado por situações diversas.
Já ocupando o cargo há mais de quatro anos como coordenador da Defesa Civil, o hoje prefeito Augusto Henrique Silva, ciente dos acontecimentos previstos para o início do ano, mobilizou o efetivo do município objetivando preparar a cidade para o impacto das chuvas.
Alerta
De posse do cadastro, sempre atualizado, das áreas de risco, a primeira ação foi alertar a população ribeirinha, veiculando em carro de som e mídias da prefeitura mensagens orientando sobre os procedimentos dessa população diante as previsões divulgadas pelas autoridades e serviços meteorológicos.
Ainda à frente das ações o prefeito mobilizou 30 servidores, divididos em equipes para auxiliar aqueles moradores que necessitavam de mão de obra e ou veículos para a retirada de móveis das residências cobrindo todas as regiões.
Diante a eminência da subida das águas foi acionado o “alerta amarelo”, ou seja, desde este momento servidores do setor de obras e desenvolvimento social iniciaram as tratativas, sendo que Obras – se organizou para auxiliar pessoas na evacuação e o Desenvolvimento Social – acionou os locais de ponto de apoio, equipando-os com o mínimo necessário para receber pessoas.
Resistência da população
Apesar dos alertas e da investida da Defesa Civil, muitas pessoas optaram por não sair da residência, sendo surpreendidos pelo velocidade e volume de água e acabaram ficando ilhadas.
Diante da situação, mais uma vez o trabalho de prevenção feito pela prefeitura foi vital para as ações de salvamento.
Isso se deu porque a população das áreas de risco haviam recebido orientações de como proceder em meio a adversidade, e por meio do telefone da Defesa Civil, solicitavam o resgate, sendo repassada a solicitação aos bombeiros em campo.
Para essa ação, também planejada, cerca de 20 profissionais foram envolvidos sendo utilizado barcos e botes nas ações.
A operação foi realizada por quatro equipes distintas – Corpo de Bombeiros Militar de Itabira/Ipatinga, CECOM (Centro de Controle Emergencial e Comunicações), Bombeiros Civis Voluntários Pedro Segundo de João Monlevade e Polícia de Meio Ambiente de João Monlevade que operaram barcos e botes, simultaneamente nos quatro principais bairros submersos: Centro, Louis Ensch (Samitri), Bicas e Fundão.
A Defesa Civil Municipal atuou articulando e orientando as operações, realizando a triagem das situações entre operação de resgate envolvendo os bombeiros e operações de interdição, sinalização e condução de pessoas em situação de risco aos abrigos.
As ações planejadas e coordenadas evitaram acidentes não sendo registrada nenhuma ocorrência com feridos durante as operações.
Ação social
Como já era esperado o desalojamento de inúmeras famílias a prefeitura já havia estruturado para fornecimento de colchões, cobertores, itens de higiene pessoal individualizado, alimentação e medicamentos de uso diário a quem necessitasse.
Após o caos foi realizado o levantamento de prioridades iniciando a limpeza das vias públicas e às residências atingidas. Veículos públicos e da iniciativa privada foram utilizados, sendo formada uma patrulha onde os caminhões e carregadeiras retiravam os entulhos e os caminhões pipas vinham lavando logo após.
Campanhas
Dando continuidade as ações e seguindo o planejamento a Secretaria de Saúde abriu vacinação contra hepatite A para aquelas pessoas que tiveram contato direto com a água da inundação.
Já a Secretaria de Ação Social iniciou uma campanha de arrecadação e distribuição de donativos, sendo que a prefeitura abriu uma conta específica para receber doações em dinheiro além do envolvimento de diversas entidades filantrópicas no trabalho solidário.
A prefeitura também promoveu o acompanhamento do retorno dos desabrigados às suas residências e paralelo a isso o prefeito criou projeto para conceder um auxílio de R$ 2.500,00 por família atingida pela inundação e que teve perda total e cuja renda familiar seja inferior a R$ 3.000,00.